terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A magia dos girassóis

Nossos olhos são seletivos, nós enxergamos o que queremos ver e deixamos de ver o restante, também chamado de ponto cego.

Escolha focalizar o lado melhor, mais bonito, mais vibrante das coisas, assim como um girassol escolhe sempre estar voltado para o sol.

Muitas pessoas vivem se queixando e facilitam a chegada da depressão e é muito fácil encontrar motivos para lamentos.

"Estou de baixo astral porque está chovendo, porque tenho uma conta para pagar, porque não tenho exatamente o dinheiro ou aparência que eu gostaria de ter, porque ainda não fui valorizado, porque ainda não encontrei o amor da minha vida, porque a pessoa que quero não me quer, porque..."

É fácil, muito fácil, pois é só querermos e termos ali, bem pertinho, motivos de sobra para nos agarrarmos e justificarmos a situação.

É claro que existem momentos em que a gente não está bem. Faz parte da vida. Mas, mesmos nesses momentos, devemos buscar, de forma contínua, ter atitudes e iniciativas que possam ir de encontro às coisas boas.

Na natureza, existe uma flor que age dessa forma. O girassol.

O girassol se volta para o sol onde ele estiver. Mesmo que o sol esteja escondido pelas nuvens, lá está o girassol dando costas à obscuridade das sombras e buscando, convicto e decidido, estar sempre de frente para o sol. É esse exemplo que precisamos perseguir, aprendendo a realçar e valorizar tudo de bom que recebemos da vida. Aprender a engrandecer pequenos gestos, positivos, e transformá-los em grandes acontecimentos.

Quando fazemos algo de bom, mesmo que seja a simplicidade de uma pequena ajuda ou de um elogio, coisas que nada custam, mas que geram felicidade para outra pessoas, são momentos de raro proveito que ficam gravados no coração.

O ser humano precisa de beleza. Não da beleza física, mas das coisas belas como um todo. E principalmente da beleza que reside no âmago dos gestos, das pessoas e que são captadas através dos nossos olhos.

Se tivermos a beleza dentro dos nossos corações, ficará muito mais fácil reconhecê-la nos lugares, nas pessoas e nas coisas.

Ela é para nós, uma referência, da mesma forma que sabemos distinguir o bem pela referência que temos do mal.

Para reconhecer a beleza, portanto, é preciso carregar um pouco dela consigo, dentro dos olhos, dentro do coração. Devemos ser como o girassol, que busca o sol, a vitalidade, a força e a beleza.

O cotidiano nos reserva diversos momentos de beleza, e é importante refletir sobre isso. Precisamos enxergá-los com os olhos do coração, para apreciá-los na plenitude.

Apreciar o amor profundo que alguém, em um determinado momento, dirige a você. Apreciar o sorriso luminoso de alegria. Apreciar uma palavra amiga, que vem soar reconfortante, reanimadora. Apreciar a festa dos animais, a alegria e o riso das crianças.

E quando ameaçarmos ficar de novo mal humorados, tristonhos, desanimados, revoltados, que a força do coração nos faça lembrar dos girassóis.

Que nos desvie do caminho equivocado, pois é um verdadeiro equívoco passar os dias sem ver a Beleza da Vida...

Do livro: Códigos da Vida

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O empurrão

A águia empurrou gentilmente seus filhotes para a beirada do ninho.

Seu coração se acelerou com emoções em conflito, ao mesmo tempo em que sentiu a resistência dos filhotes a seus insistentes empurrões. Por que a emoção de voar tem que começar com o medo de cair? - Pensou ela.

O ninho estava colocado bem no alto de um pico rochoso. Abaixo, somente o abismo e o ar para sustentar as asas dos filhotes. E se justamente agora isto não funcionar?

Apesar do medo, a águia sabia que aquele era o momento. Sua missão estava prestes a completar-se, restava ainda uma tarefa final o empurrão.

A águia encheu-se de coragem. Enquanto os filhotes não descobrirem suas asas não haverá propósito para a sua vida.

Enquanto eles não aprenderem a voar não compreenderão o privilégio que é nascer águia. O empurrão era o melhor presente que ela lhes podia oferecer. Era o seu supremo acto de amor.

Então, um a um, ela os precipitou para o abismo. E eles voaram!

Às vezes, nas nossas vidas, as circunstâncias fazem o papel de águia. São elas que nos empurram para o abismo. E quem sabe não são elas, as próprias circunstâncias, que nos fazem descobrir que temos asas para voar.

Autor desconhecido

As flores encomendadas

Um grande carro de luxo parou diante do pequeno escritório à entrada do cemitério e o chofer, uniformizado, dirigiu-se ao vigia.

- Você pode acompanhar-me, por favor? É que minha patroa está doente e não pode andar, explicou. Quer ter a bondade de vir falar com ela? Uma senhora de idade, cujos olhos fundos não podiam ocultar o profundo sofrimento, esperava no carro.

- Nestes últimos dois anos mandei-lhe cinco dólares por semana.

- Para as flores, lembrou o vigia.

- Justamente. Para que fossem colocadas na sepultura de meu filho.

- Vim aqui hoje, disse um tanto consternada, porque os médicos me avisaram que tenho pouco tempo de vida. Então quis vir até aqui para uma última visita e para lhe agradecer.

O funcionário teve um momento de hesitação, mas depois falou com delicadeza:

- Sabe, minha senhora, eu sempre lamentei que continuasse mandando o dinheiro para as flores.

- Como assim? Perguntou a senhora.

- É que... A senhora sabe... As flores duram tão pouco tempo, e afinal, aqui, ninguém as vê...

- O senhor sabe o que está dizendo? Retrucou a senhora.

- Sei, sim minha senhora. Pertenço a uma associação de serviço social, cujos membros visitam os hospitais e os asilos. Lá, sim, é que as flores fazem muita falta. Os internados podem vê-las e apreciar seu perfume.

A senhora deixou-se ficar em silêncio por alguns segundos. Depois, sem dizer uma palavra, fez um sinal ao chofer para que partissem.

Apenas alguns meses depois, o vigia foi surpreendido por outra visita. Duplamente surpreendido porque, desta vez, era a própria senhora que vinha guiando o carro.

- Agora eu mesma levo as flores aos doentes, explicou-lhe, com um sorriso amável. O senhor tem razão. Os enfermos ficam radiantes e faz com que eu me sinta feliz. Os médicos não sabem a razão da minha cura, mas eu sei: é que eu reencontrei motivos para viver. Não esqueci meu filho, pelo contrário, dou as flores em seu nome e isso me dá forças.

Esta senhora descobrira o que quase todos não ignoramos, mas muitas vezes esquecemos. Auxiliando os outros, conseguimos auxiliar a nós mesmos.

Autor desconhecido

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Crise & oportunidade

Um homem vivia na beira da estrada e vendia cachorros-quentes. Não tinha rádio e, por deficiência de visão, não podia ler jornais. Em compensação, vendia bons cachorros-quentes.

Colocou um cartaz na beira da estrada, anunciando a mercadoria, e ficou por ali gritando quando alguém passava: "Olha o cachorro-quente especial!!!"

E as pessoas compravam. Com isso, aumentou os pedidos de pão e salsicha, e acabou construindo uma mercearia. Então, ao telefonar para o filho que morava em outra cidade e contar as novidades, o filho disse:

- "Pai, o senhor não tem ouvido rádio? Não tem lido jornais? Há uma crise muito séria e a situação internacional é perigosíssima!"

Diante disso, o pai pensou:

- "Meu filho estuda na universidade! Ouve rádio e lê jornais... portanto, deve saber o que está dizendo!"

Então, reduziu os pedidos de pão e salsichas, tirou o cartaz da beira da estrada, e não ficou por ali apregoando os seus cachorros-quentes. As vendas caíram do dia para a noite e ele disse ao filho:

- "Você tinha razão, meu filho, a crise é muito séria!"

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Escola de Anjos

Era uma vez, há muitos e muitos anos, uma escola de anjos. Conta-se que naquele tempo, antes de se tornarem anjos de verdade, os aprendizes de anjos passavam por um estágio. Durante um certo período, eles saiam em duplas para fazer o bem e no final de cada dia, apresentavam ao anjo mestre um relatório das boas ações praticadas. Aconteceu então, um dia, que dois anjos estagiários, depois de vagarem exaustivamente por todos os cantos, regressavam frustrados por não terem podido praticar nenhum tipo de salvamento sequer. Parece que naquele dia, o mal estava de folga. Enquanto voltavam tristes, os dois se depararam com dois lavradores que seguiam por uma trilha. Neste momento, um deles, dando um grito de alegria, disse para o outro:
- Tive uma idéia. Que tal darmos o poder a estes dois lavradores por quinze minutos para ver o que eles fariam?

O outro respondeu:
- Você ficou maluco? O anjo mestre não vai gostar nada disto!

Mas o primeiro retrucou:
- Que nada, acho que ele até vai gostar! Vamos fazer isto e depois contaremos para ele.

E assim o fizeram.
Tocaram suas mãos invisíveis na cabeça dos dois e se puseram a observá-los.
Poucos passos adiante eles se separaram e seguiram por caminhos diferentes.
Um deles, após alguns passos depois de terem se separado, viu um bando de pássaros voando em direção à sua lavoura, e passando a mão na testa suada disse:
- Por favor meus passarinhos, não comam toda a minha plantação! Eu preciso que esta lavoura cresça e produza, pois é daí que tiro o meu sustento.
Naquele momento, ele viu espantado a lavoura crescer e ficar prontinha para ser colhida em questão de segundos.
Assustado, ele esfregou os olhos e pensou: devo estar cansado e acelerou o passo.
Aconteceu que logo adiante ele caiu ao tropeçar em um pequeno porco que havia fugido do chiqueiro.
Mais uma vez, esfregando a testa ele disse: você fugiu de novo meu porquinho!
Mas, a culpa é minha, eu ainda vou construir um chiqueiro decente para você.
Mais uma vez espantado, ele viu o chiqueiro se transformar num local limpo e acolhedor, todo azulejado, com água corrente e o porquinho já instalado no seu compartimento.
Esfregou novamente os olhos e apressando ainda mais o passo disse mentalmente: estou muito cansado!
Neste momento ele chegou em casa e, ao abrir porta, a tranca que estava pendurada caiu sobre sua cabeça.
Ele então tirou o chapéu, e esfregando a cabeça disse: de novo, e o pior é que eu não aprendo. Também, não tem me sobrado tempo. Mas ainda hei de ter dinheiro para construir uma grande casa e dar um pouco mais de conforto para minha mulher. Naquele exato momento aconteceu o milagre.
Aquela humilde casinha foi se transformando numa verdadeira mansão diante dos seus olhos. Assustadíssimo, e sem nada entender, convicto de que era tudo decorrente do cansaço, ele se jogou numa enorme poltrona que estava na sua frente e, em segundos, estava dormindo profundamente.
Não houve tempo sequer para que ele tivesse algum sonho.
Minutos depois ele ouviu alguém pedir socorro: Compadre! Me ajude! Eu estou perdido!
Ainda atordoado, sem entender muito o que estava acontecendo, ele se levantou correndo.
Tinha na mente imagens muito fortes de algo que ele não entendia bem, mas parecia um sonho. Quando ele chegou na porta, encontrou o amigo em prantos.
Ele se lembrava que poucos minutos antes eles se despediram no caminho e estava tudo bem. Então perguntando o que havia se passado ele ouviu a seguinte estória:


- Compadre, nós nos despedimos no caminho e eu segui para minha casa, acontece que poucos passos adiante, eu vi um bando de pássaros voando e direção à minha lavoura.
Este fato me deixou revoltado e eu gritei: Vocês de novo, atacando a minha lavoura, tomara que seque tudo e vocês morram de fome! Naquele exato momento, eu vi a lavoura secar e todos os pássaros morrerem diante dos meus olhos! Pensei comigo, devo estar cansado, e apressei o passo.
Andei um pouco mais e cai depois de tropeçar no meu porco que havia fugido do chiqueiro.
Fiquei muito bravo e gritei mais uma vez: Você fugiu de novo? Por que não morre logo e pára de me dar trabalho? Compadre, não é que o porco morreu ali mesmo, na minha frente.
Acreditando estar vendo coisas, andei mais depressa, e ao entrar em casa, me caiu na cabeça a tranca da porta.
Naquele momento, como eu já estava mesmo era com raiva, gritei novamente:
- Esta casa... Caindo aos pedaços, por que não pega fogo logo e acaba com isto?...

Para surpresa minha, compadre, naquele exato momento a minha casa pegou fogo, e tudo foi tão rápido que eu nada pude fazer!
Mas, compadre... O que aconteceu com a sua casa? De onde veio esta mansão?
Depois de tudo observarem, os dois anjos foram, muito assustados, contar para o anjo mestre o que havia se passado.
Estavam muito apreensivos quanto ao tipo de reação que o anjo mestre teria.
Mas tiveram uma grande surpresa.
O anjo mestre ouviu com muita atenção o relato, parabenizou os dois pela idéia brilhante que haviam tido, e resolveu decretar que a partir daquele momento, todo ser humano teria 15 minutos de poder ao longo da vida.
Só que ninguém jamais saberia quando estes 15 minutos de poder estariam acontecendo.

Será que os 15 minutos próximos serão os seus?

Muito cuidado com tudo o que você diz, como age e aquilo que pensa!
Sua mente trabalhará para que tudo aconteça, seja bom ou ruim.

Publicado em: Metaforas

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Um simples "Bom dia!!"

Conta-se uma história de um empregado em um frigorifico da Noruega.

Certo dia ao término do trabalho, foi inspecionar a câmara frigorífica. Inexplicavelmente, a porta se fechou e ele ficou preso dentro da câmara. Bateu na porta com força, gritou por socorro, mas ninguém o ouviu. Todos já haviam saido para suas casas e era impossível que alguém pudesse escutá-lo.

Já estava quase cinco horas preso, debilitado com a temperatura insuportável. De repente a porta se abriu e o vigia entrou na câmara e o resgatou com vida.

Depois de salvar a vida do homem, perguntaram ao vigia:

Porque foi abrir a porta da câmara se isto não fazia parte da sua rotina de trabalho?

Ele explicou: Trabalho nesta empresa há 35 anos. Centenas de empregados entram e saem aqui todos os dias e ele é o único que me cumprimenta ao chegar pela manhã e se despede de mim ao sair.

Hoje pela manhã ele disse "Bom dia" quando chegou.

Entretanto não se despediu de mim na hora da saída. Imaginei que poderia ter-lhe acontecido algo. Por isto o procurei e o encontrei...

Pergunta: Será que você seria salvo?

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Trata do teu corpo


Algumas pessoas não fazem bem simplesmente porque não se sentem bem.

Algumas pessoas tratam melhor dos seus animais de estimação do que delas próprias.

Os seus animais correm como o vento e elas nem um lanço de escadas conseguem subir.

Certifica-te de que o teu exterior é um bom espelho do teu interior.

Trata o teu corpo como um templo, não como uma barraca.

O corpo e a mente funcionam em conjunto.

O teu corpo precisa de um bom sistema de apoio para a mente e para o espírito.

Se o tratares bem, o teu corpo pode levar-te onde tu quiseres, até ao cimo de uma montanha ou às
profundezas de um oceano.

Com o poder e a força de que precisas para lá chegar.

Trata bem do teu corpo.

É o único lugar que tens para viver.

by Jim Rohn


quarta-feira, 27 de julho de 2011

A Importância da Pontuação

Um homem rico estava muito mal. Pediu papel e pena. Escreveu assim: 


Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres.


Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava ele a fortuna? Eram quatro concorrentes. 

O sobrinho fez a seguinte pontuação: 



Deixo meus bens à minha irmã? Não!
A meu sobrinho.
Jamais será paga a conta do padeiro.
Nada dou aos pobres. 


A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito: 



Deixo meus bens à minha irmã.
Não a meu sobrinho.
Jamais será paga a conta do padeiro.
Nada dou aos pobres.


O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele: 


Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.


Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação: 



Deixo meus bens à minha irmã? Não!
A meu sobrinho? Jamais!
Será paga a conta do padeiro? Nada!
Dou aos pobres. 


Assim é a vida. Nós é que colocamos os pontos. E isso faz a diferença.


Publicado em: Culto da Vida

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Amigo

E um adolescente disse: "Fala-nos da Amizade."
E ele respondeu, dizendo:

"Vosso amigo, é a satisfação de vossas necessidades.
Ele é o campo que semeias com carinho e ceifais com agradecimento. 

É vossa mesa e vossa lareira.
Pois ides a ele com vossa fome e o procurais em busca da paz.
Quando vosso amigo manifesta seu pensamento,
não temeis o "não" de vossa própria opinião, nem prendeis o sim.
E quando ele se cala, vosso coração continua a ouvir o seu coração.
Porque na amizade, todos os desejos, ideais, esperanças,

nascem e são partilhados sem palavras, numa alegria silenciosa.
Quando vos separeis de vosso amigo, não vos aflijais.
Pois o que vós ameis nele pode tornar-se mais claro na sua ausência,
como para o alpinista a montanha aparece mais clara, vista da planície.
E que não haja outra finalidade na amizade 
a não ser o amadurecimento do espírito.
Pois o amor que procura outra coisa
a não ser a revelação de seu próprio mistério não é o amor, 
mas uma rede armada, e somente o inaproveitável é nela apanhado.
E que o melhor de vós próprio seja para o vosso amigo. 
Se ele deve conhecer o fluxo de vossa maré,
que conheça também o seu fluxo. 

Pois, que achais seja vosso amigo 
para que o procureis somente fim de matar o tempo? 
Procurai-o sempre com horas para viver.
Pois o papel do amigo é o de encher vossa necessidade, 
e não vosso vazio.
E na doçura da amizade, que haja risos e o partilhar dos prazeres.
Pois no orvalho de pequenas coisas, o coração encontra sua manhã e se sente refrescado.

Khalil Gibran
Do Livro "O Profeta"

terça-feira, 5 de julho de 2011

Quinze euros à hora!

Um homem chegou a casa tarde, vindo do trabalho, cansado e irritado, e encontrou o seu filho de 5 anos esperando por ele na porta de casa.

 - Pai, posso fazer-lhe uma pergunta?
 - O que é? Respondeu o homem.
 - Pai, quanto é que você ganha por hora?
 - Isso não é da tua conta. Porque é que estás perguntando uma coisa dessas? Respondeu o Pai em tom agressivo.
 - Eu só quero saber. Por favor, diga-me quanto é que o pai ganha numa hora?
 - Se queres saber, eu ganho 15,00 € por hora.
 - Ah...- respondeu o menino, de cabeça baixa.
 - Pai, pode-me emprestar 7,50 €?


O pai ficou furioso, "Essa é a única razão pela qual me perguntaste isso? Pensas que é assim que podes conseguir algum dinheiro para comprar um brinquedo ou alguma outra coisa? Vai para o teu quarto e deita-te. Pensa sobre o quanto estás sendo egoísta. Eu não trabalho duramente todos os dias para tais infantilidades."

O menino foi calado para o seu quarto e fechou a porta.
O Pai sentou-se e começou a ficar ainda mais nervoso sobre as questões do filho. Como ele ousa fazer tais perguntas só para conseguir algum dinheiro?
Após cerca de uma hora, o homem tinha-se acalmado e começou a pensar:
Talvez houvesse algo que o filho realmente precisava comprar com esses 7,50 € e ele realmente não pedia dinheiro com muita frequência. O homem foi para a porta do quarto do filho e abriu a porta. 

 - Estás a dormir, meu filho, perguntou.
 - Não pai, estou acordado, respondeu o filho.
 - Eu estive a pensar, talvez eu tenha sido muito duro contigo à pouco - afirmou o Pai. "Tive um longo dia e acabei descarregando sobre ti. Aqui estão os 7,50 € que me pediste. "

O menino levantou-se sorrindo "Oh, pai obrigado", gritou. Então, procurando por baixo do seu travesseiro, rebuscou alguns trocados amassados.
O Pai viu que o menino já tinha algum dinheiro, e começou a enfurecer-se novamente.
O menino lentamente contou o seu dinheiro, e em seguida olhou para o pai.
 - Por é que queres mais dinheiro se já tinhas algum? - Gritou o pai.
 - Porque eu ainda não tinha o suficiente, mas agora já tenho, respondeu o menino.
 - Pai, eu agora tenho 15,00 €. Posso comprar uma hora do teu tempo? Por favor, chega mais cedo amanhã a casa. Eu gostaria de jantar contigo.

O pai ficou destroçado. Colocou os seus braços em torno do filho, e pediu-lhe desculpa.

É apenas uma pequena lembrança a todos vocês que trabalham arduamente na vida. Não devemos deixar escorregar através dos nossos dedos o tempo sem ter passado algum desse tempo com aqueles que realmente são importantes para nós, os que estão perto do nosso coração. Não te esqueças de compartilhar esses 15,00 € do valor do teu tempo, com alguém que gostas/amas.

Se morrermos amanhã, a empresa para a qual estamos trabalhando, poderá facilmente substituir-nos em uma questão de horas. Mas a família e amigos que deixamos para trás irão sentir essa perda para o resto de suas vidas...

Se tiveres tempo, partilha

(autor desconhecido)

segunda-feira, 27 de junho de 2011

A fábula da rosa

Um ser humano plantou uma rosa e passou a regá-la constantemente.

Antes que ela desabrochasse, ele examinou e viu o botão que em breve desabrocharia, mas notou espinhos sobre o talo e pensou:

- "Como pode uma flor tão bela vir de uma planta rodeada de espinhos tão afiados?"





Ele recusou-se a regar a rosa. 

Dentro de cada pessoa, há uma rosa!

… e há também os espinhos!

Um dos maiores dons que se pode possuir ou compartilhar, é ser capaz de passar pelos espinhos e descobrir a rosa que há dentro dos outros seres humanos.

A Amizade permite olhar uma pessoa e distinguir suas qualidades, aceitando naturalmente os seus espinhos.

Desta forma, poderemos desabrochar muitas rosas dentro do jardim que existe em cada um de nós!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Semelhante atrai semelhante

Somente uma pessoa amorosa, aquela que realmente é amorosa, pode encontrar o parceiro certo.

Essa é minha observação: se você está infeliz você irá encontrar alguém também infeliz. Pessoas infelizes são atraídas pelas pessoas infelizes. E isso é bom, é natural. É bom que as pessoas infelizes não sejam atraídas pelas pessoas felizes; senão elas destruiriam a felicidade delas.

Está perfeitamente bem. Somente pessoas felizes são atraídas pelas pessoas felizes. O semelhante atrai o semelhante. Pessoas inteligentes são atraídas pelas pessoas inteligentes; pessoas estúpidas são atraídas pelas pessoas estúpidas.

Você encontra as pessoas do mesmo plano. Então a primeira coisa a lembrar é: um relacionamento está fadado a ser amargo se ele surgiu da infelicidade.

Primeiro seja feliz, seja alegre, seja festivo e então você encontrará alguma outra alma festiva e haverá um encontro de duas almas dançantes e uma grande dança irá surgir disso.

Não peça por um relacionamento a partir da solidão, não. Assim você estará indo na direção errada. Então o outro será usado como um meio e o outro lhe usará como um meio. E ninguém quer ser usado como um meio! Cada indivíduo único é um fim em si mesmo. É imoral usar alguém como um meio. Primeiro aprenda como ser só. A meditação é um caminho para ficar sozinho.

Se você puder ser feliz quando você está só, você aprendeu o segredo de ser feliz. Agora você pode ser feliz acompanhado. Se você é feliz, então você tem alguma coisa para compartilhar, para dar. E quando você dá, você obtém; não é de outra maneira. Assim surge uma necessidade de amar alguém. 

Geralmente a necessidade é de ser amado por alguém. É a necessidade errada. É umanecessidade infantil; você não está amadurecido. É uma atitude infantil.

Uma criança nasce. Naturalmente, a criança não pode amar a mãe; ela não sabe o que é amar e ela não sabe quem é a mãe e quem é o pai. Ela está totalmente desamparada. Seu ser ainda está para ser integrado; ela ainda não está reunida. Ela é somente uma possibilidade. 

A mãe precisa amar, o pai precisa amar, a família precisa banhar a criança de amor. Agora ela aprende uma coisa: que todos têm que amá-la. Ela nunca aprende que ela precisa amar. Agora a criança irá crescer e se ela permanecer presa nessa atitude de que todo mundo tem que amá-la, ela irá sofrer por toda sua vida. Seu corpo cresceu, mas sua mente permaneceu imatura.

Uma pessoa amadurecida é aquela que chega a conhecer a necessidade do outro: que agora tenho que amar alguém. A necessidade de ser amado é infantil, imatura. A necessidade de amaré maturidade. 

E quando você está preparado para amar alguém, um belo relacionamento irá surgir; de outra maneira não.


Publicado em: Palavras de Osho       Osho, em "Ecstasy: The Forgotten Language"

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Auto-Imagem e Crescimento Pessoal

Publicado em: Ponto de Partida por Carlos Baltazar

Podemos imaginar um animal qualquer da criação, por mais evoluído, como um gorila ou um golfinho, com um problema de auto-estima? Dificilmente, porque a auto-estima é uma criação da mente humana.

Neste artigo, vamos desenvolver ideias acerca de um conceito intimamente ligado com a auto-estima, que é a auto-imagem.
Qual a importância de uma boa auto-imagem? De acordo com o Dr. Maxwell Maltz, “A Auto-imagem define as fronteiras do sucesso individual”
Dito de outra forma, o problema é que ninguém consegue elevar-se acima da sua auto-imagem.
A propósito, Eleanor Roosevelt, disse: ‘ninguém pode fazê-lo sentir-se inferior sem a sua própria permissão’.
Todavia, a falta de auto-estima e a consequente deficiente auto-imagem é um problema que afecta uma grande parte das pessoas na sociedade ocidental.
Então quem o faz sentir-se inferior?
Na maior parte das vezes é você mesmo. Porque se diminuiu através da sua parte hiper-crítica ou aceitou que outros o fizessem.
E quando isso começou a suceder?
Provavelmente desde muito jovem, quando lhe disseram que falhava, que não iria conseguir, que era menos do que este ou aquele, quando era punido injustamente, quando lhe chamavam nomes e ninguém o defendia…
Imagine que você é desafiado para entrar numa sala com vinte desconhecidos e que deve apresentar-se a cada um com um sorriso e fazer uma apresentação geral sobre um tema que domina bem.
A menos que você seja um extrovertido cheio de auto-confiança, o mais natural é que fique apavorado com esta perspectiva. E porquê: porque aprendeu que tem dificuldades com grupos de desconhecidos. Repare: teria alguma dificuldade em apresentar-se a uma só pessoa ou a falar sobre um tema de que gosta com alguém que conhece?
 
Se todos queremos melhorar a nossa auto-estima e auto-imagem, convém termos respostas para a pergunta:
Onde se vai sustentar a auto-imagem?
A resposta parece evidente: no que pensamos de nós mesmos. Com alguma abstracção, podemos dizer que a auto-imagem é uma visualização da nossa identidade.
Então a pergunta torna-se:
De que é feito esse conceito abstracto de identidade? O que lhe dá conteúdo e vibração?
Há duas grandes polaridades que definem este conteúdo.
De um lado temos o Ego, com a sua grande lista de identificações com crenças próprias e de grupo, papéis representados por si e por outros, e necessidade permanente de defesa e ataque.
Do outro, temos a Presença do Eu superior e um conceito de Identidade que repousa em crenças suportadas em valores assumidos e se dirige para uma ideia de missão e relacionamento com o Universo.
Pense em quem você é. Quais as afirmações que faz de si mesmo? Com quem se identifica?
Eu não consigo encontrar alguém que goste de mim.
Eu preciso de estar sempre a controlar as situações.
Eu não confio em ninguém.
Eu não sou capaz de aprender. Etc.
Estas são crenças limitadoras, que precisam de ser revistas de acordo com os valores mais importantes da pessoa e que provavelmente foram aprendidas a partir de episódios de infância ou impostas por autoridades.
Eu sou um empregado.
Eu sou muito atraente (ou nada atraente).
Eu sou uma pessoa que ganha muito dinheiro (ou pouco).
Eu sou um vencedor (ou um perdedor).
Eu sinto-me ultrapassado por todos.
Eu identifico-me com este ou aquele actor ou actriz ou desportista ou qualquer outro famoso. Etc.
Isto tudo são identificações com modelos ou papéis.
 
Mas não precisamos de crenças e identificações positivas? Sim, desde que tenhamos consciência das suas limitações e não se destinem a reforçar um Ego impositivo e impostor.
Como faço a distinção?
As perguntas clarificadoras são:
‘Esta crença ou modelo está em consonância com o meu Eu superior?’
‘Serve para o meu crescimento como pessoa e como parte de um sistema maior?’
 
Em resumo:
1.     A auto-imagem é uma consequência da aprendizagem de crenças, valores, modelos de comportamento, mas é também determinante da forma como pensamos que somos e das nossas decisões e acções.
2.     É importante que a nossa auto-imagem seja forte, positiva, nítida e fundada. Assim, a auto-estima será também positiva e poderá ajudar-nos a ter vidas mais gratificantes.
 
As bases da transformação da auto-estima.
  1. Aceitação
O ponto de partida para qualquer processo de mudança é o reconhecimento ou aceitação do estado actual.
Aceitação é diferente de resignação. É um ponto de partida para a mudança porque permite ficar em paz com o que somos e não desperdiçar energia preciosa com um combate inútil.
O bom combate é o que podemos travar dentro do processo de transformação.
 
  1. Apreciação
Depois da aceitação, é preciso proceder a uma apreciação valorativa do que é bom dentro de si.
As pessoas com baixa auto-estima focam-se demasiado nas suas falhas em vez de reconhecerem os seus sucessos.
Um sintoma comum é sentirem-se inadequados ou incompetentes e preocuparem-se que alguém descubra essa incompetência.
Dos pressupostos fundadores da PNL são de realçar:
a) Não há fracassos mas sim indicação para fazer diferente.
b) Todos podemos encontrar dentro de nós os recursos para a mudança.
Com estas crenças, torna-se uma questão de descobrir o caminho certo para conseguir aquilo que se quer.
Dois recursos internos importantes são a nossa capacidade de aprender e de nos adaptar.
 
  1. Responsabilidade interior
Outro elemento da auto-estima é a responsabilidade com nós mesmos. As pessoas com boa auto-estima tomam a responsabilidade pelas suas vidas e pelas situações em que se encontram. As pessoas com baixa auto-estima tendem a sentir-se vítimas das circunstâncias.
O princípio orientador é: se aquilo que tem feito não funciona, faça diferente. Muitas vezes, limitamo-nos a fazer mais, mais rápido ou mais intensamente quando o que é preciso é mesmo fazer outra coisa completamente diferente.
É a situação que tem de mudar ou somos nós que o devemos fazer? Por vezes, podemos mudar a condições exteriores mas, mais frequentemente, a mudança deve acontecer dentro de nós mesmos.
A PNL fornece muitos instrumentos e técnicas para ajudar e acompanhar nos processos de mudança, tais como a mudança de crenças, a conciliação de partes ou as terapias da linha do tempo.
 
4. Responsabilidade exterior
A actuação responsável e considerada em relação a outros é o elemento crítico que diferencia uma boa auto-estima de um Ego inflacionado. Pessoas com alta auto-estima e com um Ego muito forte tendem a tratar outros de uma forma sobranceira ou distante.
Por outro lado, a baixa auto-estima não ajuda a construir relações abertas e ricas com os outros.
O princípio aqui é o de procurar as intenções positivas da outra pessoa e respeitar o seu modelo do mundo. Isto permite separar a pessoa do seu comportamento e facilita o relacionamento.
   
Técnicas
Como encontrar a sua auto-imagem
  1. Entre num estado de calma e relaxamento. Para este efeito, escolha um espaço confortável, onde não vai ser perturbado. Sente-se confortavelmente. Relaxe as diversas partes do corpo. Calmamente, dirija a sua atenção para a sua respiração. Cuide que seja ampla, com a participação activa da área abdominal. Baixe o ritmo da respiração, prolongando o tempo da expiração, dentro do que lhe for confortável.
2.   Observe a sua vida como se fosse um documentário da sua própria auto-biografia.
Pense em quem é, no que sabe, em que acredita e no que sente acerca de si mesmo. Identifique onde, no seu corpo, sente mais essa sensação (identidade cinestésica).
3.    Espere que lhe apareça uma imagem que corresponda a essa sensação de ser você mesmo.
Onde se situa essa imagem? Imagine uma linha que une a sua sensação interna (encontrada no ponto 3) à imagem. A que distancia se situa?
4.    Pode fazer um desenho dessa sua auto-imagem? Mesmo que não saiba desenhar, é bom que o faça.
 
Como transformar positivamente a sua auto-imagem
Preparação prévia: escolha um gesto simbólico* que vai repetir em diversas circunstâncias e associar à sua auto-imagem transformada. No texto abaixo, usei o exemplo de apertar as mãos e entrelaçar os dedos, mas pode ser outro que você prefira.
  1. Pense nas características, atributos, e recursos que você gostava de ter e de associar à sua auto-imagem.
  2. Pense em pessoas que aprecia e respeita, reais ou imaginárias que sejam exemplo dessas características. São os seus mentores, neste processo.
  3. Visualize-as à sua frente. Faça uma visualização de cada vez e, quando tiver exemplos que ache suficientes, visualize o conjunto.
  4. Quando isto suceder e sentir uma forte sensação positiva, junte as suas mãos e entrelace os dedos*.
  5. Sintonize-se com o seu Eu superior, a parte de si que tem uma ligação espiritual, sentido de pertença a uma entidade maior ou sentido de missão.
  6. Visualize novamente a sua auto-imagem (encontrada na técnica anterior).
  7. Repita o gesto simbólico (o mesmo do ponto 4).
  8. Leve a sua auto-imagem para junto das imagens dos seus mentores.
  9. Deixe que a sua auto-imagem se impregne das características e recursos dos seus mentores.
  10. Dê à sua nova auto-imagem o tamanho e a posição que a faça sentir melhor. Quando estiver satisfeita, faça novamente o gesto simbólico.
  11. Desenhe a sua nova auto-imagem ou fixe-a bem na sua memória.
 
Verificação ecológica.
Pense em qualquer objecção que possa surgir para a sua nova auto-imagem. Imagine-se em situações do futuro e verifique quanto a nova auto-imagem lhe serve para melhor confrontar desafios ou problemas. Se encontrar objecções, volte a fazer o processo de 1 a 11, tendo em conta essas objecções.
Lembre-se que devemos treinar as nossas competências, particularmente quando são recentes. Recorde-se com frequência da sua nova auto-imagem, fazendo o gesto simbólico, simultaneamente.
Para uma intervenção mais profunda e para resultados mais estáveis, é aconselhável o recurso a um facilitador competente.
 
Carlos Baltazar
Coach e Terapeuta com PNL