quarta-feira, 27 de julho de 2011

A Importância da Pontuação

Um homem rico estava muito mal. Pediu papel e pena. Escreveu assim: 


Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres.


Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava ele a fortuna? Eram quatro concorrentes. 

O sobrinho fez a seguinte pontuação: 



Deixo meus bens à minha irmã? Não!
A meu sobrinho.
Jamais será paga a conta do padeiro.
Nada dou aos pobres. 


A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito: 



Deixo meus bens à minha irmã.
Não a meu sobrinho.
Jamais será paga a conta do padeiro.
Nada dou aos pobres.


O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele: 


Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.


Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação: 



Deixo meus bens à minha irmã? Não!
A meu sobrinho? Jamais!
Será paga a conta do padeiro? Nada!
Dou aos pobres. 


Assim é a vida. Nós é que colocamos os pontos. E isso faz a diferença.


Publicado em: Culto da Vida

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Amigo

E um adolescente disse: "Fala-nos da Amizade."
E ele respondeu, dizendo:

"Vosso amigo, é a satisfação de vossas necessidades.
Ele é o campo que semeias com carinho e ceifais com agradecimento. 

É vossa mesa e vossa lareira.
Pois ides a ele com vossa fome e o procurais em busca da paz.
Quando vosso amigo manifesta seu pensamento,
não temeis o "não" de vossa própria opinião, nem prendeis o sim.
E quando ele se cala, vosso coração continua a ouvir o seu coração.
Porque na amizade, todos os desejos, ideais, esperanças,

nascem e são partilhados sem palavras, numa alegria silenciosa.
Quando vos separeis de vosso amigo, não vos aflijais.
Pois o que vós ameis nele pode tornar-se mais claro na sua ausência,
como para o alpinista a montanha aparece mais clara, vista da planície.
E que não haja outra finalidade na amizade 
a não ser o amadurecimento do espírito.
Pois o amor que procura outra coisa
a não ser a revelação de seu próprio mistério não é o amor, 
mas uma rede armada, e somente o inaproveitável é nela apanhado.
E que o melhor de vós próprio seja para o vosso amigo. 
Se ele deve conhecer o fluxo de vossa maré,
que conheça também o seu fluxo. 

Pois, que achais seja vosso amigo 
para que o procureis somente fim de matar o tempo? 
Procurai-o sempre com horas para viver.
Pois o papel do amigo é o de encher vossa necessidade, 
e não vosso vazio.
E na doçura da amizade, que haja risos e o partilhar dos prazeres.
Pois no orvalho de pequenas coisas, o coração encontra sua manhã e se sente refrescado.

Khalil Gibran
Do Livro "O Profeta"

terça-feira, 5 de julho de 2011

Quinze euros à hora!

Um homem chegou a casa tarde, vindo do trabalho, cansado e irritado, e encontrou o seu filho de 5 anos esperando por ele na porta de casa.

 - Pai, posso fazer-lhe uma pergunta?
 - O que é? Respondeu o homem.
 - Pai, quanto é que você ganha por hora?
 - Isso não é da tua conta. Porque é que estás perguntando uma coisa dessas? Respondeu o Pai em tom agressivo.
 - Eu só quero saber. Por favor, diga-me quanto é que o pai ganha numa hora?
 - Se queres saber, eu ganho 15,00 € por hora.
 - Ah...- respondeu o menino, de cabeça baixa.
 - Pai, pode-me emprestar 7,50 €?


O pai ficou furioso, "Essa é a única razão pela qual me perguntaste isso? Pensas que é assim que podes conseguir algum dinheiro para comprar um brinquedo ou alguma outra coisa? Vai para o teu quarto e deita-te. Pensa sobre o quanto estás sendo egoísta. Eu não trabalho duramente todos os dias para tais infantilidades."

O menino foi calado para o seu quarto e fechou a porta.
O Pai sentou-se e começou a ficar ainda mais nervoso sobre as questões do filho. Como ele ousa fazer tais perguntas só para conseguir algum dinheiro?
Após cerca de uma hora, o homem tinha-se acalmado e começou a pensar:
Talvez houvesse algo que o filho realmente precisava comprar com esses 7,50 € e ele realmente não pedia dinheiro com muita frequência. O homem foi para a porta do quarto do filho e abriu a porta. 

 - Estás a dormir, meu filho, perguntou.
 - Não pai, estou acordado, respondeu o filho.
 - Eu estive a pensar, talvez eu tenha sido muito duro contigo à pouco - afirmou o Pai. "Tive um longo dia e acabei descarregando sobre ti. Aqui estão os 7,50 € que me pediste. "

O menino levantou-se sorrindo "Oh, pai obrigado", gritou. Então, procurando por baixo do seu travesseiro, rebuscou alguns trocados amassados.
O Pai viu que o menino já tinha algum dinheiro, e começou a enfurecer-se novamente.
O menino lentamente contou o seu dinheiro, e em seguida olhou para o pai.
 - Por é que queres mais dinheiro se já tinhas algum? - Gritou o pai.
 - Porque eu ainda não tinha o suficiente, mas agora já tenho, respondeu o menino.
 - Pai, eu agora tenho 15,00 €. Posso comprar uma hora do teu tempo? Por favor, chega mais cedo amanhã a casa. Eu gostaria de jantar contigo.

O pai ficou destroçado. Colocou os seus braços em torno do filho, e pediu-lhe desculpa.

É apenas uma pequena lembrança a todos vocês que trabalham arduamente na vida. Não devemos deixar escorregar através dos nossos dedos o tempo sem ter passado algum desse tempo com aqueles que realmente são importantes para nós, os que estão perto do nosso coração. Não te esqueças de compartilhar esses 15,00 € do valor do teu tempo, com alguém que gostas/amas.

Se morrermos amanhã, a empresa para a qual estamos trabalhando, poderá facilmente substituir-nos em uma questão de horas. Mas a família e amigos que deixamos para trás irão sentir essa perda para o resto de suas vidas...

Se tiveres tempo, partilha

(autor desconhecido)